22 de fevereiro de 2010

Amar quem se vai curar

Após me dedicar, desde que me formei, à psicologia organizacional, decido começar uma carreira clínica estável. Claro que surgem as inseguranças, algumas só, infundáveis, talvez, até porque tive ótimos resultados com meus pacientes durante o ano que estagiei na clínica da universidade em que me formei, ótimos mesmo! Mas adoro clinicar e não vejo a hora de começar a tratar das pessoas, cuidar, desatar os nós... pois isso me auxilia a desatar os meus também, ou vocês acham que psicólogo não tem problemas, nós para desatar? Santa ingenuidade...
Somos seres humanos como quaisquer outros, temos nossas vidas particulares, decepções, relacionamentos, dificuldades, problemas, talvez um pouquinho mais de sensibilidade e educação emocional mas isso não nos tira o direito de termos nossos problemas que, por sinal, são tratados com psicoterapia também. Você não sabia?? Que psicólogo também faz terapia? Aliás, é muito importante fazer ainda mais quando se trabalha com a clínica, para não influenciar demais suas vidas pessoais, já bastam seus próprios conflitos...
Eu tive um professor na faculdade que dizia que se amássemos nossos pacientes conseguiríamos curá-los. Bonito isso, não é? Para muitos pode parecer besteira, piegas, mas realmente é. Existe, eu acredito, uma teia de energia interligada que une todas as pessoas, coisas e acontecimentos, como se fosse uma reação em cadeia, tudo interferindo em tudo, daí alguns ditados: "aqui se faz, aqui se paga", tudo que se planta colhe"... É a teia da vida, de energia, de amor e outros sentimentos que não deveriam estar nela... Mas eu sei que se eu realmente amar a pessoa que está sentada à minha frente, que trouxe seus nós para que eu a auxiliasse a desatar, se realmente eu quiser e o fizer com amor, não há mágoas, conflitos, nós de marinheiro que resista ao poder do amor e conseqüentemente da cura.

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